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Pacheco defende que os “Poderes sentem à mesa”

Presidente do Senado afirmou que crise não será superada com "radicalismo ou extremismo"

Henrique Gimenes - 08/09/2021 19h48 | atualizado em 09/09/2021 12h21

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: Alan Santos/PR

Nesta quarta-feira (8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou sobre as manifestações pelo Dia da Independência em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em discurso, Pacheco falou que o país está “em crise” e defendeu que os “Poderes sentem à mesa, que os Poderes se organizem, se respeitem”.

O posicionamento ocorre após os discursos de Bolsonaro nas manifestações de terça-feira (7). Na primeira delas, em Brasília, o presidente da República disse que o Poder Judiciário “pode sofrer aquilo que não queremos”. Sem citar nomes, ele explicou que um “ministro específico” está “paralisando a nação”.

Já na segunda manifestação, em São Paulo, Bolsonaro defendeu que os “presos políticos” sejam postos em liberdade e sugeriu que não irá mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Pacheco, é precisa dar uma solução à crise que estamos vivendo. Ele disse considerar que a “solução não está no autoritarismo, não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia”.

Por fim, o presidente do Senado apontou que é somente com “diálogo e respeito à Constituição que nós vamos resolver os problemas dos brasileiros; é isso que os brasileiros esperam de Brasília e dos Poderes constituídos”.

Leia a íntegra da fala:

Nesse 7 de setembro, muitos brasileiros foram às ruas e outros milhares não foram. Existe um ponto comum entre todos os brasileiros: nós vivemos em um país em crise. Uma crise real, de fome e de miséria que bate à porta dos brasileiros, sacrificando a dignidade das pessoas; de inflação, com a perda do poder de compra dos brasileiros, as coisas estão mais caras. A crise do desemprego, a crise energética, a crise hídrica. Uma pandemia que entristeceu muito o país.

Então, é uma crise real que vivemos e temos que dar solução a ela. Essa solução não está no autoritarismo, não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia. Essa solução está na maturidade política dos Poderes constituídos de se entenderem e de buscarem as convergências para o que verdadeiramente interessa aos brasileiros.

Por isso, é fundamental, e devemos trabalhar muito por isso, que os Poderes sentem à mesa, que os Poderes se organizem, se respeitem, cada qual cumpra o seu papel respeitando o papel do outro e busquem uma harmonia que vai significar na solução do problema das pessoas.

Repito, não é com exceções, não é com radicalismo ou extremismo, é com diálogo e respeito à Constituição que nós vamos resolver os problemas dos brasileiros, é isso que os brasileiros esperam de Brasília e dos Poderes constituídos.

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