Otoni de Paula cobra Witzel sobre caso Gabriel Monteiro
Deputado afirmou que o governador poderá ser o responsável caso algo grave aconteça com o soldado
Paulo Moura - 06/03/2020 08h07 | atualizado em 06/03/2020 08h43

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) usou o Plenário da Câmara Federal nesta quinta-feira (5) para fazer um forte discurso em defesa do youtuber e policial militar Gabriel Monteiro, que perdeu o porte de armas e corre o risco de ser expulso da Polícia Militar. Na ocasião, o parlamentar fez enfáticas cobranças ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para que ele se posicione diante da situação de Gabriel.
– Governador, a cúpula da Polícia Militar desarmou um policial honesto. Diga um ato de desonestidade desse rapaz? Senhor governador, esse policial está debaixo de ameaças. Por que ousou se levantar para questionar a atitude de um coronel da Polícia Militar – declarou.
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Otoni também afirmou que, caso algo de grave aconteça com o soldado, o governador Witzel poderá caracterizado como o responsável por não ter agido, como alto comandante das forças de segurança do Rio de Janeiro, para evitar que Gabriel fosse desarmado.
– [Governador] se algo acontecer com Gabriel Monteiro, o sangue dele estará em vossas mãos. Se algo acontecer com o jovem policial Gabriel Monteiro, a sociedade fluminense, que respeita Gabriel e sabe da seriedade dele, cobrará de vossa excelência. Não se esquive governador. Estamos aguardando a sua decisão, estamos aguardando a sua providência – completou.
SINDICÂNCIA
O youtuber e soldado da Polícia Militar, Gabriel Monteiro, afirmou na manhã de quinta-feira (5), que perdeu o porte de armas e corre sérios riscos de ser expulso da PM após fazer denúncias em suas redes sociais contra coronéis da corporação.
Em uma publicação, o soldado divulgou um boletim em que consta uma sindicância aberta contra ele, na Corregedoria da PM do Rio de Janeiro, por transgressão disciplinar de natureza grave. A justificativa usada contra Gabriel é de que ele teria tratado o coronel reformado da PM, Ibis Pereira, de forma desrespeitosa, em duas ocasiões no final do ano passado.
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