Leia também:
X Mãe de menino que caiu: “Não deixei meus filhos sozinhos”

Órgãos vinculados ao governo limitam comentários nas redes

Instituições têm adotado medidas nas plataformas digitais para reduzir ou eliminar respostas em suas postagens

Paulo Moura - 27/02/2023 14h18 | atualizado em 27/02/2023 16h17

Órgãos têm limitado comentários nas redes Fotos: Agência Brasil/Marcelo Camargo // Agência Brasil/Antonio Cruz

Internautas que acessam páginas de órgãos ligados ao governo federal nas redes sociais têm percebido uma diferença nas interações com esses perfis nos últimos meses: a publicação de comentários está limitada – ou até indisponível – em várias postagens. O Exército, a Caixa Econômica, a Polícia Federal (PF), e o Ministério das Relações Exteriores estão entre as instituições que limitaram a interação pública com suas páginas.

No caso da Caixa, a inserção de respostas está restrita desde junho do ano passado nas três principais redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram. Quando anunciou que bloquearia a inserção de mensagens do público, o banco informou que a medida estava sendo tomada em razão das eleições. No entanto, mesmo já com o novo governo, a decisão não foi revista e acabou mantida.

No total, considerando as três principais plataformas, apenas duas postagens da Caixa em 2023 tiveram os comentários liberados: uma live feita pelo banco no Facebook, no dia 7 de fevereiro, sobre o “protocolo de intenções para atendimento de povos indígenas” e uma postagem no Instagram no dia 10 de fevereiro sobre o dia do atleta profissional.

Nos perfis do Exército, as respostas passaram a ser limitadas a partir de dezembro do ano passado. No entanto, algumas postagens recentes no Facebook e no Twitter ainda possuem participação do público. Já no Instagram, a caixa de opiniões é limitada – ou indisponível – em quase todas as publicações desde o fim de 2022. Em parte delas, sequer a quantidade de curtidas pode ser vista.

Antes do veto aos comentários, e ainda durante os protestos contra o resultado das eleições realizados na frente dos quartéis até o início deste ano, as páginas do Exército receberam um aumento exponencial na quantidade de seguidores. No Instagram, por exemplo, o perfil passou da marca de 7 milhões de fãs.

A Polícia Federal, por sua vez, limitou a publicação de respostas no Instagram e no Twitter, mas as manteve totalmente disponíveis no Facebook, onde boa parte dos comentários tem sido de críticas à atuação da corporação na prisão dos manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais.

Um outro órgão do governo que tem interações restritas nas redes é o Ministério das Relações Exteriores. No Instagram, o Itamaraty não recebe opiniões desde março do ano passado. No Facebook, por sua vez, há o informe de que a participação pública é limitada, mas algumas postagens ainda possuem comentários. Já no Twitter, não há respostas desde junho de 2022.

Leia também1 Novo terremoto atinge o sudeste da Turquia e deixa 1 morto
2 Eduardo divulga loja online com produtos de Jair Bolsonaro
3 RJ: Avô de menino que caiu de prédio diz que mãe está abalada
4 Lula se reúne com Haddad para debater preço de combustíveis
5 Morre o irmão mais velho de Madonna que já morou na rua

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.