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Pierre Borges - 22/07/2021 15h08 | atualizado em 15/10/2021 11h23

Bandeira CUT central única dos trabalhadores
Bandeira CUT Foto: Wikimedia Commons/Agência Brasil

Representantes dos mesmos sindicatos que se posicionaram radicalmente contra o fim do Ministério do Trabalho, orquestrado por Bolsonaro após assumir a presidência, agora se mostram desconfiados com a recriação da pasta. Há até quem diga que não haverá “nenhuma mudança para os trabalhadores”.

– [O retorno do Ministério do Trabalho] é um espaço que ele [Bolsonaro] quer abrir para fortalecer o centrão. Não vai ter mudança nenhuma para os trabalhadores. Bolsonaro não está recriando o Ministério do Trabalho. É a volta do Ministério do Desemprego do [Fernando] Collor – disse Antonio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) à Folha.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Sérgio Nobre, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) acredita que a medida é voltada para as eleições de 2022, numa tentativa de Bolsonaro de conseguir mais apoiadores.

Por outro lado, representantes da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) acreditam que a medida pode trazer benefícios aos trabalhadores.

– É muito bom ver Bolsonaro dar marcha à ré e reconhecer que errou ao fechar o Ministério do Trabalho. Recriar é positivo, mas precisa ver se não é só jogadinha para agradar os seus parceiros. Tem que ser um instrumento da sociedade para valer – disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical

Já Ricardo Patar, presidente da UGT, disse que o fim do Ministério do Trabalho é equivalente a “tirar a voz do trabalhador” e comemorou o retorno da pasta, mas demonstrou desconfiança.

– É bom que volte o ministério, mas precisamos ver a que preço. Tem muitas demandas, como a discussão sobre o salário mínimo, a situação dos motoboys que trabalham para aplicativos. Agora, se voltou para acomodar blocos do parlamento não vai ajudar muito, não – concluiu.

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