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Onyx rebate Luis Miranda e diz que ele é “paciente de psicopatia”

Lorenzoni questionou denúncia feita pelo irmão do deputado federal sobre o contrato da Covaxin

Pleno.News - 15/07/2021 08h45 | atualizado em 15/07/2021 10h46

Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Onyx Lorenzoni Foto: Câmara dos Deputados/Cleia Viana

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) estiveram, na quarta-feira (14), frente a frente pela primeira vez após as acusações feitas pelo parlamentar. O encontro foi em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, onde Lorenzoni comentou as críticas que fez ao deputado no mês passado.

O ministro reproduziu na comissão um áudio no qual Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde e irmão de Luis Miranda, relata suspeitas na negociação do governo para a compra da Covaxin, a vacina indiana contra o coronavírus.

Miranda disse à CPI da Covid que informações suspeitas contidas na primeira versão da “invoice” (nota fiscal) motivaram uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. Entre as informações questionadas estavam a exigência de pagamento antecipado de um lote de vacinas em nome de uma offshore com sede no paraíso fiscal de Cingapura.

Após a reunião, Luis Ricardo alertou o irmão deputado sobre as suspeitas. “Pensa no preju”, disse ele, numa referência às características da importação. Em outro áudio, o técnico do Ministério da Saúde responsável pelas importações afirma: “Nunca recebi ligação de ninguém. Já nesse (negócio), meu amigo, o que tem gente em cima pressionando… Aí você já fica com pé atrás, entendeu?”.

Lorenzoni exibiu os áudios e questionou o parlamentar sobre o conteúdo deles.

– Se o procedimento [reunião com Bolsonaro] era no dia 20, para que tinha necessidade de dizer no presente (sic) “eu marquei, eu recebi”? É dia 22. É o seu WhatsApp – disse o ministro, dirigindo-se a Miranda.

– O senhor produziu prova contra o seu argumento. Conviva com ela, deputado! – concluiu Lorenzoni.

Na reunião, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência também fez novas críticas a Miranda, a quem chegou a chamar de “paciente de psicopatia”.

– Em tese, a pessoa que é paciente de psicopatia […] vive em um mundo paralelo. Ela não tem limite ético nem moral; vive num mundo fantasioso – afirmou.

Deputado licenciado pelo DEM do Rio Grande do Sul, Lorenzoni ainda disse que todas as questões relacionadas ao contrato da Covaxin foram corrigidas e afirmou que o fato reapareceu “midiaticamente”.

– O servidor [Luis Ricardo] relata muito antes os documentos [a] que teve acesso. E não relata a correção deles, mesmo sabendo que esteve com o presidente da República, com acusações graves – disse Lorenzoni.

– E ele [Luis Ricardo] não comunica ao irmão parlamentar [Luis Miranda] que estava tudo resolvido. E, 90 dias depois, a história reaparece midiaticamente – completou o ministro.

*Com informações AE

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