Henrique Gimenes - 29/01/2019 15h11 | atualizado em 29/01/2019 16h05

Nesta terça-feira (29), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que não “não há condição” de o governo interferir na diretoria da Vale. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Na sexta-feira (25), uma barragem da empresa em Brumadinho se rompeu e despejou um rio de rejeitos de minério e lama. As instalações da Vale e diversos imóveis em áreas rurais próximas ficaram soterrados. Até o momento, foram confirmadas 65 mortes, 288 desaparecidos e 192 resgatados.

Nesta segunda-feira (28), o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo considerava afastar a diretoria da Vale durante a investigação da responsabilidade pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão. Ao ser questionado sobre o tema, Onyx Lorenzoni afirmou que a decisão é do conselho de administração.

– Essa é uma decisão do conselho de administração, e é evidente que nas empresas privadas, em que o governo é apenas um acionista, o papel do acionista é confiar no seu conselho de administração. Não há condição de haver qualquer grau de intervenção, até porque essa não seria uma sinalização desejável ao mercado – afirmou.

O ministro da Casa Civil também disse que é preciso aguardar o resultado das investigações, antes de pensar em mudar a diretoria, mas que “não cabe ao governo federal apoiar qualquer empresa ou diretoria que não seja da sua administração”.

– Governo tem que ter humildade para saber que não pode tudo e prudência, especialmente em um setor econômico que é muito relevante para o nosso país. Tem que haver algo muito importante, que é equilíbrio – ressaltou.

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