Henrique Gimenes - 10/05/2019 14h41 | atualizado em 10/05/2019 15h25

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu manter uma condenação de Jair Bolsonaro por declarações homofóbicas dadas em 2011. O presidente terá que pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, órgão criado pelo Ministério da Justiça.

Durante uma edição do programa CQC, em 2011, Bolsonaro foi questionado sobre o que faria se tivesse um filho gay. O presidente, na época exercendo mandato de deputado federal, disse que isso não passava sua “cabeça, porque eles tiveram uma boa educação. Sou um pai presente, então não corro esse risco”. Na ocasião, ele também foi questionado sobre ir a um desfile gay.

– Não iria porque não participo de promover os maus costumes. Até porque acredito em Deus, tenho uma família, e a família tem que ser preservada a qualquer custo, senão a nação simplesmente ruirá – ressaltou.

Bolsonaro havia sido condenado em 2017. Na ocasião, a relatora Inês Chaves de Melo considerou que a fala havia dita em um programa veiculado em rede nacional e sem qualquer relação com o livre exercício do mandato parlamentar.

Após a decisão, a defesa do presidente entrou com um recurso chamado embargos de declaração, que foi analisado nesta semana. O TJ-RJ decidiu manter a condenação do presidente. Ainda cabe recurso nas cortes superiores.

Veja as declarações.

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