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Olavo: “Espertalhões querem frear a Lava Jato da Educação”

Filósofo disse que resolveu aconselhar seu alunos a deixarem o governo

Henrique Gimenes - 09/03/2019 17h04 | atualizado em 09/03/2019 19h57

Filósofo Olavo de Carvalho Foto: Reprodução/Twitter

Após sugerir que seus alunos deixassem o governo do presidente Jair Bolsonaro, o escritor e filósofo, Olavo de Carvalho, afirmou que resolveu aconselhar seus pupilos após obter informações de que “espertalhões” estariam tentado parar a “Lava Jato” da Educação. A declaração foi dada em uma entrevista ao jornal O Globo.

Assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, e pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, a “Lava Jato” da Educação tem por objetivo investigar casos de corrupção em contratos passados do Ministério da Educação (MEC).

Nesta sexta-feira (8), Olavo de Carvalho fez uma publicação em suas redes sociais onde disse que a gestão de Jair Bolsonaro estava cheia de “inimigos do presidente e do povo”. Ao jornal, o filósofo afirmou que sua mensagem foi uma resposta à tentativa de acabar com as investigações.

– Inverteram a cronologia dos fatos. Estão dando a notícia de que, depois das minhas críticas, teriam demitido alunos meus, mas esses fatos já estavam acontecendo antes de eu falar qualquer coisa. O que aconteceu é o seguinte. Fiquei sabendo que alguns espertalhões estariam tentando parar a Lava-Jato da Educação e, com base nisso, pedi que meus alunos saíssem do governo – explicou.

Olavo de Carvalho também disse seu conselho era referente a dois alunos, o assessor internacional do presidente, Filipe Martins, e o advogado Tiago Tondinelli, chefe de gabinete do MEC. Ele também ressaltou que não mantém contato com os membros do governo.

– Eu não mantenho contato com membros de governo, ninguém entrou em contato comigo depois. Não conheço pessoalmente todos os meus alunos e não fico supervisionando o que acontece nos ministérios. Vocês parece que gostam de teoria da conspiração. Ernesto Araújo e Vélez Rodríguez não são meus alunos. Eu li o Vélez Rodríguez, eu é que fui influenciado por ele – apontou.

Um dos alunos de Olavo, o assessor especial do MEC, Silvio Grimaldo, informou que vai pedir exoneração após não aceitar ir para outra função no ministério. Em suas redes sociais, ele acusou “o expurgo de alunos” do filósofo como “a maior traição dentro do governo Bolsonaro que se viu até agora”.

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