Gabriel Gontijo - 26/03/2018 10h46 | atualizado em 26/03/2018 11h41

O grupo Odebrecht fechou um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) após meses de negociação. Nos termos do pacto, a empresa admite que cometeu irregularidades em contratos com a União e concorda na devolução de parte do que foi desviado aos cofres públicos.

O acordo ainda precisa ser assinado, mas assim que for sacramentado, já permitirá que a empresa volte a trabalhar com o setor público.

De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, o valor a ser ressarcido é de R$ 3,8 bilhões. O grupo já tinha chegado a essa quantia após acordo de leniência, no final de 2016, com o Ministério Público Federal (MPF), além de autoridades da Suíça e dos Estados Unidos. O pagamento será feito em um período de 20 anos.

Com o acordo sacramentado, a Odebrecht ficará livre da declaração de inidoneidade expedida pela CGU, o que impede a participação de empresas envolvidas em casos de corrupção em licitações públicas. Tal declaração também impede empréstimos em bancos públicos, como o BNDES.

Além da Odebrecht, outras empresas têm negociado acordos com o MPF e a CGU, como Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Todas elas foram denunciadas na Operação Lava Jato.

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