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OAB irá ao STF para impedir advogada de Bolsonaro na CPI

O presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, disse que não se pode criminalizar uma advogada por um mero encontro

Henrique Gimenes - 31/08/2021 15h42 | atualizado em 31/08/2021 16h56

Presidente da OAB, Felipe Santa Cruz Foto: Reprodução

Após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid decidir convocar Karina Kufa, advogada da família Bolsonaro, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu tomar uma atitude. A entidade pretende acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a defensora seja obrigada a comparecer ao Senado.

A informação foi dada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, à colunista Bela Megale, do jornal O Globo. De acordo com ele, não se pode criminalizar uma advogada por um mero encontro.

– Estamos estudando com qual medida entraremos no STF para impedir que ela compareça à CPI. A OAB dá todo apoio à comissão, mas não pode permitir a criminalização de uma advogada por um mero encontro que teve em sua casa – explicou.

O requerimento de convocação foi apresentado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues. Ele disse que Karina Kufa não será ouvida por ser advogada de Bolsonaro, mas sim por ter uma relação com uma pessoa suspeita.

– O nome da advogada Karina Kufa veio à tona com a quebra de sigilo do lobista Marconny Faria. Ela foi a responsável por organizar um jantar em sua residência, onde Marconny Faria foi apresentado a Ricardo Santana, depoente que se revelou como uma espécie de consultor informal do Ministério da Saúde – explicou.

A advogada, no entanto, disse que integrantes da CPI tentaram vincular o nome dela, “de forma irresponsável, às supostas irregularidades na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde”.

Karina Kufa também afirmou não ter “qualquer vínculo com a compra ou venda de vacinas e testes para Covid” e destacou que “fazer churrasco não é crime; conhecer pessoas não é crime; e o anfitrião não está obrigatoriamente vinculado aos atos, anteriores ou posteriores, dos convidados”.

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