O que esperar da investigação da CPMI do 8/1 nesta semana
Grupo retornará com mais de 250 requerimentos aguardando análise
Pleno.News - 12/06/2023 11h39 | atualizado em 12/06/2023 12h46
Após aprovação do plano de trabalho, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro retorna para as sessões nesta terça-feira (13), com mais de 250 requerimentos para serem analisados e votados pelo grupo – sendo alguns com propostas semelhantes.
O grupo terá um segundo encontro na próxima quinta (15). O esperado para a semana é a aprovação da convocação dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno, que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), respectivamente.
Agendada para as 9h da manhã, a comissão terá um conjunto de diversos requerimentos para serem apreciados.
Os documentos solicitam alertas feitos pela Abin aos órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação no dia 8 de janeiro; arquivos e imagens, internas e externas, do Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Itamaraty e Ministério da Justiça; informações sobre a defesa do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante ataques; provas não sigilosas produzidas no STF no âmbito do Inquérito n° 4879, que investiga os ataques; dentre outros.
Na pauta, ainda constam convocações para depoimentos. Na lista estão o ex-ministro Anderson Torres – assunto central de 18 requerimentos de convocação -, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; o ex-ministro do GSI da gestão Lula, Gonçalves Dias; o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime; e o ex-diretor adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha.
No status de testemunha, ainda há convocações para ouvir o ex-ministro do GSI Augusto Heleno; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Há ainda um requerimento que convida o atual ministro da Justiça, Flávio Dino.
As redes sociais também estão na pauta. Seis requerimentos solicitam que a Meta – que gere o Facebook e o Instagram -, Twitter, TikTok, Kwai, Discord e Telegram compartilhem informações sobre divulgação de conteúdos relacionado aos atos do dia 8 de janeiro.
Na última sessão, o grupo aprovou o plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA). No documento, a parlamentar propõe iniciar as investigações por atentados ocorridos em Brasília em dezembro do ano passado e ainda mira a atuação das Forças Armadas nos acampamentos, assim como as conversas do ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid sobre a orquestração de um suposto golpe de Estado após a sucessão presidencial.
*AE
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