Paulo Moura - 04/01/2023 10h38 | atualizado em 04/01/2023 11h20

Escolhido pelo governo Lula para presidir a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo decidiu que vai deixar o PSB após ficar um ano e meio no partido e vai se filiar ao PT. A decisão, segundo ele, é decorrente de insatisfações com sua antiga sigla. A declaração foi dada por Freixo em uma entrevista ao Jornal O Globo.

– Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB. Um lugar que tenha trabalho de base. Era o que eu queria fazer no PSB, mas não foi possível, não era esse o projeto (…). Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido onde eu possa ajudar – alegou Freixo.

Freixo entregou a carta de desfiliação pessoalmente ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, no dia 30 de dezembro. O novo presidente da Embratur afirmou ainda que a decisão de deixar o partido foi tomada logo após a derrota na disputa para o governo do Rio de Janeiro, em outubro. Antes do PSB, Freixo passou 16 anos no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Para Freixo, o PSB teria cometido uma série de erros, como não entrar na federação com o PT. É justamente a isso que ele atribui, por exemplo, a diminuição da bancada da sigla na Câmara, que vai cair de 32 para 14 deputados. O ex-candidato ao governo do Rio também citou como outro motivo para sua desfiliação o embate com o presidente do PSB no Rio, Alessandro Molon.

– Eu tive problemas porque o acordo [político] passava pela candidatura ao Senado e não foi cumprido pelo Molon e, portanto, pelo PSB. O Siqueira [presidente do PSB] é testemunha e reafirmou isso a mim. Isso levou a uma relação muito ruim – concluiu.

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