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Nobel da literatura, Vargas Llosa diz que jamais votaria em Lula

"Ele foi um homem que corrompeu profundamente", avaliou escritor

Thamirys Andrade - 16/08/2022 10h09 | atualizado em 16/08/2022 13h12

Mario Vargas Llosa Foto: EFE/Daniel Pérez

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, Nobel da Literatura em 2010, comentou sobre o cenário político no Brasil. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele afirmou que jamais votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e confessou que torce por sua derrota. Na avaliação dele, o petista usava a Presidência para corromper os governantes latino-americanos.

Embora mostre maior resistência ao ex-presidente, Vargas Llosa destaca não possuir simpatia pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

– Não gostaria de estar na situação de ter que escolher entre Lula e Bolsonaro. Mas realmente jamais votaria em Lula. Ele foi um homem que corrompeu profundamente. Podemos dizer que os dirigentes peruanos se deixaram corromper, mas Lula cumpriu uma função muito negativa no Peru – declarou.

A fala de Vargas Llosa diz respeito à delação da Odebrecht que acusou o Partido dos Trabalhadores (PT) e Lula de pedirem pagamento de propina no Peru em troca de benefícios em licitações e superfaturamento de projeto. O caso gerou processos judiciais no Peru.

– No Peru, temos quatro presidentes com processos na Justiça [em decorrência da Lava Jato]. Em grande parte, todos eles foram vítimas de Lula, pois ele utilizava, digamos, a Presidência para corromper os governantes latino-americanos. No Peru, causou estragos – disse Vargas Llosa.

Ele ainda destacou que o anulação das condenações de Lula se deveram a questões técnicas e que o ex-presidente brasileiro segue associado à corrupção.

– Foram por questões técnicas, e alguns juízes também têm seus preferidos na política. Torço para que não elejam de novo Lula, pois ele está muito associado à corrupção – analisou.

O escritor, por outro lado, também falou sobre sua insatisfação em relação a Bolsonaro.

– Digamos que não tenho muita simpatia por Bolsonaro. Com sua posição sobre as vacinas, ele provocou uma verdadeira catástrofe no Brasil. Além disso, tem uma certa vocação pela palhaçada, não? – acrescentou.

Vargas Llosa ainda reforçou seu apreço pelo liberalismo econômico, defendendo que o modelo possui “dinâmicas que podem converter qualquer país, por mais carente de recursos que seja, em um país próspero”. O escritor frisou, contudo, que é necessário também ter atenção à desigualdade social.

– Penso que isso é um grave erro, tomar somente o liberalismo como desenvolvimento econômico e não ter em conta os problemas que existem em cada sociedade. Isso o liberalismo mostra de maneira maravilhosa, cada sociedade tem uma problemática que deve resolver. A resolução demanda um conjunto de medidas – pontuou.

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