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Nota da emissora foi lida durante o noticiário por Maju Coutinho

Camille Dornelles - 30/10/2019 15h30 | atualizado em 30/10/2019 17h49

Maju Coutinho lê nota da emissora no ar Foto: Reprodução

Durante o Jornal Hoje desta quarta-feira (30), a apresentadora Maju Coutinho leu duas notas da emissora endereçadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Nelas, a Globo critica o mandatário e afirma que sua reportagem sobre acusações do porteiro do Vivendas da Barra foi “jornalismo com seriedade”.

Além disso, também acusou o presidente de fazer ofensas à emissora em seu vídeo de resposta. A primeira nota foi uma resposta ao vídeo enquanto a segunda foi feita após declaração de Bolsonaro a jornalistas em Riad, na Arábia Saudita.

O noticiário ainda colocou em dúvida a veracidade das provas apresentadas pelo vereador Carlos Bolsonaro.

CONFIRA AS NOTAS NA ÍNTEGRA
“A Globo não fez patifaria e nem canalhice, fez, como sempre, jornalismo com seriedade e responsabilidade. Revelou a existência de depoimento do porteiro e as afirmações que ele fez, mas ressaltou com ênfase e por apuração própria que as informações do porteiro se chocavam com um fato: a presença do então deputado Jair Bolsonaro em Brasília naquele dia, com dois registros na lista de presença em votações. O depoimento do porteiro, com ou sem contradição, é importante porque diz respeito a um fato que ocorreu com um dos principais acusados no dia do crime. Além disso, a mera citação do nome do presidente leva o Supremo Tribunal Federal a analisar a situação. A Globo lamenta que o presidente não revele conhecer a missão do jornalismo de qualidade e use termos injustos para insultar aqueles que não fazem outra coisa senão informar com precisão o público brasileiro. Sobre a afirmação que em 2022 não perseguirá a Globo, mas só renovará sua concessão se o processo for ‘enxuto’, a Globo afirma que não poderia esperar dele outra atitude. Há 54 anos a emissora jamais deixou de cumprir as suas obrigações.”

“A Globo reitera que teve acesso ao livro da portaria e, como deixa clara a reportagem, informou-se com múltiplas fontes sobre o conteúdo do depoimento do porteiro. Não mentiu. Dada a relevância dos fatos, a Globo cumpriu a sua obrigação de informar o público revelando o que disse o porteiro e todas as suas contradições, que ela própria apurou. A Globo não tem nenhum objetivo de destruir quem quer que seja, mas é independente para informar com serenidade todos os fatos. Mesmo aqueles que possam irritar as autoridades e pode agir assim, justamente, porque nunca dependeu de verbas de governos, embora a propaganda oficial seja legítima e legal.”

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