Ana Luiza Menezes - 28/09/2019 16h58 | atualizado em 11/10/2019 19h52

No Distrito Federal, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, decretou a prisão preventiva de Thiago Eliezer e Luiz Henrique Molição. Os dois passaram a ser alvos da Operação Spoofing após se tornarem suspeitos de atuarem com o hacker Walter Delgatti Neto na invasão do Telegram de várias autoridades brasileiras.

Entre os nomes, que tiveram mensagens roubadas pelo grupo estão o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, e o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Molição e Eliezer já tinham sido detidos, porém apenas temporariamente, no último dia 19. O prazo das prisões terminou na sexta-feira (27) e, por isso, o delegado da Polícia Federal (PF), Luís Flávio Zampronha, havia solicitado a prisão preventiva dos dois novos supostos hackers.

Segundo o delegado, os aparelhos eletrônicos, que pertenciam aos dois, ainda estão sendo periciados. Se fosse solta, a dupla poderia prejudicar o trabalho dos investigadores.

A PF acredita que Eliezer foi o mentor de Delgatti nas invasões dos telefones. Ele também é investigado como suposto braço financeiro do grupo, uma vez que agentes encontraram movimentações financeiras consideradas suspeitas.

Contra Molição, a polícia encontrou uma conversa dele com o jornalista Glenn Greenwald, que publicou o conteúdo hackeado em seu site, The Intercept Brasil.

Além deles, seguem presas as outras quatro pessoas investigadas na primeira fase da Operação Spoofing: Walter Delgatti, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Oliveira e Danilo Marques.

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