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No AM, Justiça afasta prefeito do PDT em suposto caso de garimpo

PF investiga caso de garimpo ilegal em Jutaí, no interior do Amazonas. Garimpeiros pagam propina em ouro e dinheiro para afastar fiscalização

Gabriel Mansur - 20/07/2022 16h56 | atualizado em 20/07/2022 17h36

Pedro Macario Foto: Reprodução/D24AM

A Polícia Federal (PF) investiga um suposto caso de garimpo ilegal no Amazonas. As investigações apontam que garimpeiros pagaram propina em ouro, além de dinheiro, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Jutaí, localizada a 750 quilômetros – em linha reta – de Manaus, capital amazonense. O grupo acreditava que assim manteria a fiscalização afastada.

Segundo a PF, o pagamento causou uma divergência entre o grupo. Isso porque alguns garimpeiros queriam subornar diretamente o prefeito do município, Pedro Macario Barboza (PDT), enquanto outros destinavam as gratificações à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Ainda que as investigações não tenham sido concluídas, Pedro Macario foi afastado do cargo por decisão da Justiça. A PF suspeita ainda que o prefeito tenha a sua própria draga (embarcação flutuante) para retirar ouro do rio e lucrar com o garimpo ilegal.

De acordo com apurações da colunista política Andréia Sadi, do G1, a irmã do prefeito foi presa em flagrante na manhã desta quarta-feira (20). Com ela, foram apreendidos ouro e R$ 40 mil em dinheiro.

A Polícia Federal no Amazonas esclareceu que atualmente toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações de combate a atividade criminosa continuarão a ser realizadas, sendo inclusive estendidas no decorrer do ano a outras regiões no estado do Amazonas. O suposto crime foi revelado durante a operação Uiara III, também deflagrada nesta quarta-feira, no Amazonas. Confira no final da reportagem.

REINCIDENTE
Em novembro de 2021, o prefeito foi preso pela polícia com 257 gramas de ouro ilegal no aeroporto de Tefé quando tentava embarcar com destino a Manaus. O material era avaliado em cerca de R$ 80 mil na cotação da época. A prisão, no entanto, só durou um dia.

No dia 22 de novembro, a juíza Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas, condicionou a liberdade de Pedrinho, como é conhecido, mediante fiança. Na época, o pagamento foi de 20 salários mínimos, o equivalente a R$ 22 mil.

OPERAÇÃO UIARA III
A Polícia Federal no Amazonas cumpriu dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares durante operação Uiara III, que investiga o garimpo ilegal em Jutaí. Entre os alvos estão o prefeito Pedro Macario Barbosa, além de secretários e assessores municipais. Eles são suspeitos de cobrar propina de garimpeiros.

Pedro é suspeito de chefiar um esquema que usa a Prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. Conforme as investigações, os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o prefeito chegou a ser preso com 257 gramas de ouro ilegal.

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