Monique Mello - 05/06/2024 13h29 | atualizado em 07/06/2024 20h24

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) enfrentou o deputado André Janones (Avante-MG), durante sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (5). Janones é justamente o foco da sessão, por suspeita de “rachadinha”.

Nikolas abriu seu discurso disparando que Janones é o “maior divulgador de mentiras do Brasil”.

– É o maior divulgador de mentiras do Brasil. E eu sou uma das maiores vítimas dele – disse Nikolas.

Em seguida, o parlamentar citou uma série de atitudes controversas de Janones, como a foto dele ao lado da esposa de líder do Comando Vermelho, conhecida como “dama do tráfico”.

– Se fosse eu [na foto] estava pedindo minha cabeça há muito tempo. Estaria pedindo para seus robôs se levantarem (…) – apontou.

– Admite fake news em seus livros, dizendo que é uma estratégia em eleições – disse, citando mais um item no “currículo” de Janones.

Nikolas disparou ainda que Janones o acusa de homofobia e fascismo, mas não tem condições de apontar rachadinha.

– Jamais vai me ver numa lista de corrupção – afirmou.

– É impressionante como dia após dia esta pessoa quer acabar com reputações, destruir famílias (…). O STF pode fazer o que ele quiser, mas há uma lei que jamais ele vai poder derrubar aqui neste país, que é a lei do plantio – declarou.

Todas as afirmações de Nikolas foram ditas diante do próprio Janones.

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O deputado André Janones é suspeito de ter cobrado de seus assessores uma devolutiva do salário para pagar despesas pessoais, prática conhecida como “rachadinha”. Durante uma conversa com seus assessores, na Câmara, em 5 de fevereiro de 2019, o deputado afirmou que alguns funcionários receberiam salários maiores e devolveriam parte desse dinheiro para que ele pudesse arcar com os custos da corrida eleitoral para prefeito.

– Eu perdi R$ 675 mil na campanha – afirmou o parlamentar na gravação feita por um ex-funcionário.

Recentemente, o parlamentar mineiro ao se defender, na Câmara, afirmou que o áudio se refere a uma conversa com apoiadores e não assessores. Ele disse que esse grupo fazia “contribuições espontâneas” para sua campanha.