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Ney Matogrosso encontra Janja para debater projeto de lei

Projeto de autoria de deputado do Progressistas trata sobre o aumento de pena para crimes que envolvem animais silvestres

Pleno.News - 11/06/2025 20h06 | atualizado em 12/06/2025 11h05

Primeira-dama, Janja da Silva Foto: EFE/EPA/THIBAULT CAMUS

O cantor Ney Matogrosso se encontrou nesta quarta-feira (11), com a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, para discutir um projeto de lei que trata sobre o aumento de pena para crimes que envolvem animais silvestres.

Após a reunião, o artista ainda participou, ao lado da ativista Luísa Mel, de uma audiência na Câmara dos Deputados. Sobre o tema, Ney explicou que, aos 12 anos, foi chamado para caçar pelo seu avô.

– Eu imaginava, na minha cabeça de criança, que era caçar um bichinho para comer, porque isso era muito comum. Não foi o que eu vi – disse.

E completou:

– Ali, eu conheci a loucura humana. Eles começaram a atirar em macacos e eu não entendi aquilo, porque eles não iam comê-los, (…) Eles estavam treinando a pontaria. Eu vi mães defendendo os filhotes como gente – contou.

Ney Matogrosso se tornou um militante da causa e transformou uma fazenda pessoal em reserva particular.

– O trabalho que o Instituto Vida Livre conduz começou há dez anos na fazenda do Ney. Lá foi a nossa primeira área de soltura – disse Roched Seba, representante da ONG.

PROJETO DE LEI AGRAVA PENA PARA MAUS-TRATOS DE ANIMAIS SILVESTRES
O projeto de lei, de autoria do deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), tem como objetivo “garantir a proteção da nossa fauna silvestre, de forma equivalente e igualitária ao que já é garantido para cães e gatos domésticos”.

Para isso, propõe aumento da pena por maus-tratos de animais silvestres dos atuais seis meses a um ano de prisão para dois a cinco anos de reclusão, acompanhada de multa e suspensão ou perda da permissão, licença ou autorização obtida. Há ainda a previsão de aumento da pena pela metade caso a espécie seja ameaçada ou esteja em unidades de conservação.

A punição ainda pode ser aplicada, segundo o texto, para quem impede a procriação da fauna, modifica, danifica ou destrói ninho e vende, exporta ou compra animais selvagens.

– Eu apoio totalmente esse projeto. Enquanto as pessoas não se sentirem ameaçadas, elas não vão mudar – disse Ney Matogrosso.

Atualmente, os crimes contra animais silvestres são tratados como de baixo potencial ofensivo. Caso o projeto seja acatado pelo Congresso, a classificação mudaria e seria possível usar ferramentas como interceptações telefônicas para rastrear suspeitos e prendê-los.

*AE

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