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“Não vejo futuro com a volta ao lulopetista inconfiável”, diz Ciro

Para o ex-ministro, a participação do PT no pleito de 2022 contribui para uma polarização da disputa

Pleno.News - 09/03/2021 16h44 | atualizado em 09/03/2021 18h00

Ciro Gomes (PDT) Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) defendeu, na manhã desta terça-feira (9), a criação de uma chapa para disputar as eleições presidenciais de 2022 que inclua representantes políticos para além da esquerda. Entretanto, em entrevista à rádio CBN, Ciro disse ter reservas em relação a compor com o PT e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve, nesta segunda-feira (9), os direitos políticos restaurados.

– O que eu quero dizer é que o Brasil precisa, diante do problema grave que temos, construir um caminho de futuro e, francamente, não vejo o caminho de futuro ser construído com a volta ao passado lulopetista envelhecido, desgastado e inconfiável, e, pior, que tem a característica de fazer o outro lado se reunir também com base no ódio – disse Ciro.

Contudo, o pedetista disse apoiar a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente petista.

– Acabei de comemorar a devolução dos direitos políticos do Lula, porque ele tinha direito a isso. A vida inteira lutei. Mas, se sob o ponto de vista jurídico ele tem esses direitos, politicamente ele faz parte grave do problema brasileiro – completou o ex-ministro.

Ciro disse que aceita se reunir com todo brasileiro para discutir uma aliança para as próximas eleições, mas ressaltou que não pretende ligar para conversar com Lula. Segundo o ex-ministro, a participação do PT no pleito de 2022 contribui para a polarização da disputa.

– Já disse e quero repetir que o Brasil não cabe na esquerda. A esquerda tem seu valor, mas o Brasil é um Estado muito mais complexo, difícil e heterogêneo. Entretanto, para ser muito franco, o comportamento do lulopetismo é parte central do problema, o que volto a dizer: não elimina a possibilidade de diálogo – completou Ciro.

O ex-ministro também reforçou a necessidade de se aguardar as próximas etapas do julgamento do ex-presidente, que deverão determinar se foram corretas ou não as decisões da vara de Curitiba.

– A petezada está toda soltando foguetes e abrindo champagne, mas isso é uma coisa apressada. Precisamos deixar o tempo amadurecer – reforçou Ciro.

*Estadão

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