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‘Não há governo que não errou na pandemia’ diz senador

Omar Aziz deve presidir CPI da Covid no Senado

Pleno.News - 16/04/2021 18h31

Senador Omar Aziz (PSD-AM) deve ser o presidente da CPI da Covid Foto: Divulgação/Senado Federal

O senador Omar Aziz (PSD-AM), que deve presidir a CPI da Covid no Senado, suavizou as críticas que o governo federal tem recebido pela sua atuação na pandemia. Segundo ele, outros governos também tomaram medidas equivocadas.

– Não tem governo, seja de direita, centro ou esquerda, que não tenha cometido equívocos nessa pandemia. Em todos os estados, está tendo morte. O João Doria é 100% contrário ao pensamento do Bolsonaro. São Paulo, por acaso, está vivendo um mar de rosas? – questionou o parlamentar, em entrevista ao Estadão/Broadcast Político.

Inicialmente com foco apenas nas ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro, a CPI teve seu escopo ampliado para a análise de repasses federais a estados e municípios após pressão de governistas. Dos 11 titulares, porém, o governo é minoria, com quatro senadores declaradamente aliados, dois de oposição e cinco com atuação considerada independente.

Embora próximo ao governo, Aziz está no grupo dos independentes. Ele é crítico à condução de Bolsonaro na crise do novo coronavírus no Amazonas, onde o parlamentar já foi governador. O senador do PSD afirma, porém, que não pretende transformar a comissão em uma fritura para o chefe do Planalto.

– Esse discurso (eleitoral) não vai acontecer dentro da CPI – disse.

Na entrevista ao Estadão/Broadcast Político, o parlamentar afirmou que um dos papéis da CPI será o de formular um protocolo para o enfrentamento de pandemias no país.

– Não pode o presidente falar: não concordo com o ministro da Saúde, então eu demito. Não. O ministro da Saúde não vai ser demitido porque esse protocolo vai servir para ele e para qualquer um aqui daqui a 50 anos. A CPI tem que ter esse papel – disse Aziz.

Mesmo alinhado ao governo, o senador critica as posturas em relação ao vírus, mas diz que Bolsonaro não foi o único a negar a gravidade da doença.

– Não foi só político. Eu vi infectologista falando sobre imunidade de rebanho. Essa tese já foi para as cucuias. Tem gente se infectando. Essa coisa não tem data para passar. A nossa vida mudou. Acabou a conversa de mesa de bar: ‘me dá um gole do seu drink, um trago do seu cigarro’. Beijo e abraço, não tem mais, filho – disse o senador.

O acordo costurado entre as legendas prevê que Renan Calheiros (MDB-AL), crítico ferrenho de Bolsonaro na crise, seja o relator da CPI, equilibrando o jogo na cúpula da comissão.

– Seja quem for o relator, ele não é o dono da verdade. Faz um relatório que a comissão pode aprovar ou não. Pode vir um relatório substitutivo, isso já aconteceu. Não podemos entrar nessa CPI já com uma opinião formada sobre as coisas. O que a CPI tem que tirar é uma política de Estado para o combate a qualquer pandemia, não uma política do governante de plantão – afirmou Aziz à reportagem.

*Estadão

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