Thamirys Andrade - 20/10/2021 11h47 | atualizado em 20/10/2021 12h04

Nesta quarta-feira (20), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou não se sentir preocupado com o pedido de indiciamento dele por parte da CPI da Covid-19, no Senado. De acordo com o médico, seus pensamentos estão direcionados na condução da Saúde e na campanha de vacinação.

– A minha preocupação aqui é em condição à Saúde; é isso que estou fazendo aqui. Acho que estou fazendo bem. Temos aí uma redução no número de casos, óbitos [por Covid]. A campanha de vacinação está muito bem-sucedida. Temos certeza [de] que reduzimos e salvamos a vida de milhares e milhares de brasileiros. Não estou preocupado com isso [CPI], sinceramente – declarou Queiroga.

O relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros conta com 1.180 páginas e pede o indiciamento de 66 pessoas e de duas empresas. O ministro Marcelo Queiroga é acusado pelo relator de “epidemia culposa com resultado morte e prevaricação”.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, é apontado pela CPI por uma dezena de crimes, entre eles crime contra a humanidade, charlatanismo, violação de direito social e prevaricação.

Também estão na lista de pedidos de indiciamento de outros três ministros de Estado: Braga Netto, chefe do ministério da Defesa; Onyx Lorenzoni, titular da Secretaria-Geral; e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União.

Após a votação do relatório, o documento será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Os senadores também pretendem levar o texto ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.

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