Na CPI, diretora da Precisa diz que permanecerá em silêncio
Emanuela Batista seguiu orientação de seu advogado
Pleno.News - 13/07/2021 12h08 | atualizado em 13/07/2021 13h52
Na manhã desta terça-feira (13), a diretora técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades afirmou que ficará em silêncio na CPI da Covid por orientação da defesa. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu a ela o direito de não responder perguntas na comissão quando as questões provocarem o risco de incriminação.
Nesta segunda-feira (12), Emanuela prestou depoimento na Polícia Federal, que abriu um inquérito para investigar a compra da vacina indiana Covaxin, que foi intermediada pela Precisa e também é investigada na CPI. No início da sessão, a diretora afirmou que já falou à PF e que vai permanecer em silêncio no Senado.
O presidente do STF, Luiz Fux, atendeu parcialmente a um pedido da diretora e garantiu que ela possa ficar em silêncio com relação a fatos que a incriminem durante depoimento na CPI da Covid.
– É uma decisão que o ministro dá para protegê-la como investigada, mas não dá esse direito todo para que não responda questões que não são direcionadas a ele – disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).
A decisão provocou críticas na comissão. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) sugeriu uma reunião da cúpula do Senado com o STF para padronizar a postura em relação aos depoimentos que vêm recebendo tratamento diferente nos julgamentos de habeas corpus quando os depoentes pedem o direito de ficar em silêncio.
De acordo com Braga, é preciso estabelecer um padrão para não parar os trabalhos.
– No caso da doutora Emanuela, sequer investigada ela é e, mesmo assim, veio com uma liminar para que não se pronuncie – disse o emedebista.
*AE
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