Na base de Lula, Kajuru retalia Jair Bolsonaro e Campos Neto
Senador acredita que há uma rotina obscura nas contratações realizadas pela Presidência
Marcos Melo - 16/02/2023 17h42 | atualizado em 16/02/2023 18h02
Integrante da base de apoio parlamentar do presidente Lula (PT), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou, nesta quinta-feira (16), uma representação à Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Kajuru pediu que a PF investigue um suposto esquema de desvio de recursos destinados à alimentação da Presidência da República.
Conhecido por suas polêmicas e contradições, o parlamentar construiu um relatório de 50 páginas, com informações obtidas do extrato do cartão corporativo, relacionadas à antiga gestão. Com esses dados, o senador sinaliza que possa haver ilegalidade nos gastos, como uma lanchonete, em Manaus. Assim como um restaurante em Boa Vista que forneceu marmitas e lanches à Presidência da República.
Kajuru entende que há “existência de uma rotina obscura nas contratações realizadas pela Presidência da República” na gestão de Jair Bolsonaro.
– É inegável que houve uma rotina obscura nessas despesas, uma série de fatos que se repetiram em diversos locais e o objetivo era conseguir documentos que trouxessem uma capa de legalidade aos desvios – acusou o senador.
Kajuru apontou o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, como operador do esquema, já “que ele era o encarregado pela execução de serviços pessoais da família Bolsonaro”.
Proeminente figura antagônica ao presidente Lula, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também é alvo da artilharia de Jorge Kajuru. O senador solicitou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que investigue o economista por suposta omissão na regulamentação de ouro ilegal no país.
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