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Musk volta a chamar Moraes de “ditador” e diz que embate está “picante”

Empresário fez uma série de posts sobre o caso e participou de transmissão com parlamentares brasileiros

Thamirys Andrade - 11/04/2024 11h13 | atualizado em 11/04/2024 12h39

Elon Musk e Alexandre de Moraes Fotos: EFE/EPA/TOLGA AKMEN/POOL // Gustavo Moreno/SCO/STF

As trocas de farpas entre o dono da rede social X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, parecem estar longe de acabar. Entre esta quarta-feira (10) e esta quinta (11), o empresário voltou a chamar o magistrado de “ditador” e afirmou que o embate está ficando “picante”. Ele ainda participou de transmissão ao vivo com parlamentares brasileiros.

Em uma das publicações, o bilionário compartilhou o discurso do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) em uma mesa no Parlamento Europeu. No pronunciamento, Gayer afirma que Moraes “ordenou que o Twitter censurasse todos os políticos de direita, apagasse postagens, apagasse perfis e obrigou-os a excluí-los, mas não disse que isso fazia parte de uma ordem judicial”. Também defendeu que o “Brasil é o campo de batalha deste novo tipo de ditadura; uma ditadura que se identifica como uma democracia”.

– Exatamente. Ditador – respondeu Musk, endossando o discurso de Gayer.

Musk ainda compartilhou falas do deputado federal Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PL-SP) apontando que o X foi a única rede social que se recusou a aquiescer à intervenção judiciária e a violar as leis brasileiras.

Na sequência, Elon informou ter recebido “uma consulta da Câmara dos Deputados dos EUA sobre ações tomadas no Brasil que violavam a legislação brasileira”.

– Eram centenas, senão milhares. Isso está ficando picante – acrescentou o magnata.

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O dono do X ainda participou de transmissão de voz ao vivo com os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), o senador Eduardo Girão (Novo-CE), o jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre, a analista política Ana Paula Henkel, entre outros.

Na ocasião, o bilionário enfatizou que seus funcionários receberam ameaças de prisão e disse nunca ter visto um “abuso judiciário” tão extremo quanto no Brasil.

– O povo do Brasil deve saber que existe um abuso do Poder Judiciário em um grau extremo que não vimos em nenhum país da Terra. Nunca vi nada dessa magnitude. Os representantes eleitos do povo brasileiro que deveriam estar no comando. O Judiciário está lá para executar a lei, mas não para fazer a lei – declarou Musk.

Devido às críticas que vem tecendo ao ministro da Suprema Corte, o magnata foi incluído pelo próprio Moraes no rol de investigados do inquérito das milícias digitais e virou alvo de investigação da Polícia Federal (PF) por ordem do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.

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