Thamirys Andrade - 29/08/2024 15h00 | atualizado em 29/08/2024 16h37

O bilionário Elon Musk se pronunciou após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenar o bloqueio das contas financeiras da Starlink no Brasil, como punição por ações de outra empresa do magnata, a X. Em resposta à decisão do magistrado, Musk questionou a legalidade da medida, chamou Moraes de “tirano” e descreveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o “cachorrinho de colo” do ministro.

– O tirano Alexandre de Moraes é ditador do Brasil. Lula é seu cachorrinho de colo – escreveu o empresário na rede social.

A Starlink é um projeto que desenvolve constelações de satélites por meio da SpaceX, empresa espacial do magnata. O objetivo é fornecer internet de alta velocidade e amplo alcance mesmo em locais remotos.

Por meio de um retuíte no X, Musk lembrou que a Starlink e a SpaceX são independentes da rede social e que trata-se de uma “retaliação ilegal”.

– A SpaceX e sua Starlink são entidades legais completamente diferentes de X. Esta é uma retaliação ilegal – disse a mensagem compartilhada por Musk.

– Esse cara, Alexandre de Moraes, é um criminoso da pior espécie, disfarçado de juiz – acrescentou o bilionário na legenda da postagem.

ENTENDA
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do Grupo Globo, Moraes tomou a decisão contra a Starlink considerando que existe um “grupo econômico de fato” sob o comando de Musk e, por isso, mandou bloquear, em 18 de agosto, todos os valores financeiros deste grupo no Brasil para garantir que as multas aplicadas na Justiça brasileira contra a rede social X sejam pagas.

Diante da decisão, todos os dirigentes da Starlink no Brasil já foram notificados e intimados a responder também pelos valores devidos à Justiça brasileira pela rede X. A companhia atua no Brasil com a venda de serviços de internet por satélite, principalmente na Região Norte.

Nesta quarta-feira (28), o ministro ainda intimou Musk a identificar um representante legal no Brasil em até 24 horas; caso contrário, a plataforma será tirada do ar.

O documento, assinado pelo ministro, mandou a Secretaria Judiciária encontrar Musk por meios eletrônicos para que ele responda informando quem será o responsável legal pela rede social no Brasil. Para isso, a Corte usou a própria plataforma de Musk para intimar o empresário, com uma postagem no perfil oficial do STF na qual foram marcados o bilionário e a plataforma.

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