Pleno.News - 06/09/2022 12h52 | atualizado em 06/09/2022 13h16

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, sinalizou que o grupo retomará as suas “mobilizações de massa” caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito. Em entrevista nesta segunda-feira (5), Stedile falou em voltar a realizar greves, ocupações de terra e outros atos.

– Acho que a vitória do Lula, como se avizinha, vai ter como uma consequência natural, psicossocial, nas massas, um reânimo para retomarmos as grandes mobilizações de massas. Porque movimento de massa não é só fazer passeata. É quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa na luta de classes. Então ela passa a atuar na defesa dos seus direitos de mil e uma formas: fazendo greves, fazendo ocupações de terras, ocupações de terrenos, mobilizações, como foi naquele grande período de 1978 a 1989 – disse ele a um podcast divulgado na página do movimento.

De acordo com Stedile, 7 mil comitês em assentamentos da reforma agrária foram criados em apoio à eleição de Lula.

Durante os anos de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as ocupações de terra se reduziram significativamente. Neste período, fazendeiros passaram a ser autorizados a portar armas em suas propriedades.

Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016), foram 969 ocupações, com uma média de 162 por ano. Já no governo Temer (2016-2018) ocorreram 54 invasões, com média anual de 27. Sob a atual gestão, as ocupações caíram para uma média de cinco por ano.

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