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Ações foram intensificadas em razão do "Abril Vermelho", criado pelo MST

Pleno.News - 17/04/2023 15h41 | atualizado em 17/04/2023 18h32

Bandeira MST Foto: Tarcísio Nascimento/MST

Em uma retomada ao Abril Vermelho, uma onda de invasões de terras e prédios públicos pelo país ao longo do mês, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu, neste domingo (16), uma área de preservação ambiental e de pesquisas genéticas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco. Outras sete propriedades rurais foram invadidas e seguem ocupadas no estado.

As superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre (RS) e em Belo Horizonte (MG) também foram alvo de protestos e invasões. Na capital mineira, os sem-terra exigem a demissão do superintendente Batmaisterson Schmidt, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No Rio Grande do Sul e Minas Gerais, os prédios públicos seguem ocupados. Ações similares acontecem também em outros estados.

Por meio de nota, o MST afirmou que os atos relembram a morte de 21 sem-terra pela Polícia Militar, em 17 de abril de 1997, em Eldorado dos Carajás, no Pará. Só em Pernambuco foram oito áreas invadidas desde o início do mês – cinco no último fim de semana. Em nota, o movimento diz que estão sendo “ocupadas” terras “que não cumprem a função social da propriedade” e cobra o assentamento de famílias acampadas em todo o país.

A fazenda da Embrapa Semiárido fica em Petrolina, sul de Pernambuco. Segundo a empresa, a invasão aconteceu em terras agriculturáveis e de preservação da caatinga, onde são realizados experimentos e multiplicação de material genético básico de cultivares (sementes e mudas). Há risco de prejuízo às pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do bioma (caatinga). A área também abriga animais ameaçados de extinção.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ainda não se pronunciou. Nos três primeiros meses do governo Lula, as invasões de terra superaram as ocupações registradas ao longo todo do primeiro ano do governo anterior, de Jair Bolsonaro.

*AE

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