Marcos Melo - 27/08/2023 15h26 | atualizado em 28/08/2023 12h52

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) seja submetido a júri popular por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual contra quatro agentes da Polícia Federal (PF).

Dolo eventual é quando o autor do crime decide por determinada ação temerária e, deste modo, assume os riscos provenientes dela.

Os procuradores querem adicionar ao julgamento do presidente do PTB os crimes de resistência armada, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, porte de artefatos explosivos sem autorização e adulterados e dano qualificado.

– A letalidade (granadas adulteradas e carabina), a desproporcionalidade do armamento bélico utilizado pelo acusado (os policiais portavam pistolas e estavam sem coletes), a quantidade de munições e de tiros desferidos (60), o conhecimento e a expertise do acusado com a utilização desse tipo de armamento, demonstram que o acusado assumiu o risco de produção do resultado morte dos policiais federais – diz trecho do ofício impetrado pelo MPF.

MORAES AUTORIZA FAMÍLIA A VISITÁ-LO EM HOSPITAL
Após algumas tentativas sem êxito, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido ao quadro “extremamente frágil” do político, autorizou que a mãe e uma das filhas de Jefferson o visite. Ele está internado há dois meses no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.

De acordo com a penitenciária onde Jefferson estava, seu estado de saúde é “extremamente frágil” e a defesa, reiteradas vezes, pediu que o político tivesse “um fim digno”, fora da prisão hospitalar.

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