MPF investiga empresários de ônibus do Rio por ilegalidades
Segundo os procuradores, o grupo é suspeito de administrar contas não declaradas no exterior
Emerson Rocha - 30/01/2018 07h52 | atualizado em 30/01/2018 14h44
O Ministério Público Federal (MPF) segue na apuração de novos crimes de um grupo de empresários de ônibus do Rio de Janeiro. Há a suspeita de contas bancárias no exterior não declaradas à Receita Federal. O principal foco dessa ação é o empresário Jacob Barata Filho, que já foi preso duas vezes.
Nesta segunda-feira (29), os procuradores do MPF pediram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que sejam mantidas as investigações sobre o empresário por evasão de divisas.
Barata Filho e outros gestores de empresas de ônibus estão na lista da Lava Jato, por suspeitas de pagamento de propina a políticos. O montante pode ter chegado a R$ 260 milhões. Apenas para o ex-governador Sérgio Cabral, a quantia seria de R$ 122 milhões.
Na primeira vez que foi preso, em julho de 2017, Jacob Barata estava prestes a seguir para Lisboa, Portugal. Ele levava uma mala com R$ 50 mil. O fato chamou a atenção dos policiais e o caso está sendo analisado pelo STJ.
O empresário, que é chamado de o Rei do Ônibus, ainda é acusado de ter contas na Suíça e sociedades em empresas de offshores no exterior. A defesa dele nega todas as denúncias.
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