MP pede que TCU investigue férias do presidente Bolsonaro
Pedido feito por subprocurador partiu de um balanço feito pelo deputado federal Elias Vaz, do PSB de Goiás
Paulo Moura - 05/04/2021 13h59 | atualizado em 05/04/2021 15h36

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, solicitou que a Corte de contas promova a investigação da quantia de R$ 2,4 milhões usada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, durante as férias dele em São Paulo e Santa Catarina, entre os dias 18 de dezembro do ano passado e 5 de janeiro deste ano.
Na representação, Furtado afirma que os valores são “assombrosos” e pede que o detalhamento dos gastos seja realizado. Segundo o subprocurador-geral, o agravamento da pandemia de Covid-19 e a necessidade de corte de gastos seriam fatos incompatíveis com os valores utilizados durante as férias do chefe do Executivo.
– Causou-me indignação a notícia de que o presidente tenha gasto o exorbitante montante – escreveu Furtado em seu pedido.
As despesas utilizadas pelo subprocurador em seu pedido partiram de um balanço feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO). De acordo com o levantamento do parlamentar, a partir de dados públicos, o gasto com cartão corporativo da Presidência da República foi de R$ 1.196.158,40, enquanto despesas com manutenções e combustível de aeronaves foi de R$ 1.053.889,50.
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