MP cobra indenização de R$ 1,3 milhão de Sara Winter
Ação contra ativista ocorre após ela revelar identidade de menor vítima de estupro
Henrique Gimenes - 19/08/2020 19h44 | atualizado em 19/08/2020 20h41
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) decidiu entrar na Justiça contra Sara Winter pedindo que ela pague uma indenização no valor de R$ 1,3 milhão. O motivo seria o fato de a ativista ter divulgado, nas redes sociais, dados pessoais da criança de 10 anos do Espírito Santo (ES) que passou por um aborto após ficar grávida do tio.
Na ação, o promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues afirmou que Sara “expôs a criança e sua família, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, conclamando seguidores a se manifestarem [contra o aborto]”.
A divulgação de dados por parte de Sara Winter ocorreu no domingo, quando ela compartilhou um vídeo em que divulgava a identidade da menina de 10 anos. A ativista também divulgou o endereço do hospital em Recife (PE) onde o aborto foi realizado, o que fez com que um grupo tentasse entrar na unidade hospitalar para impedir o procedimento.
Para o promotor, a divulgação dos dados “está incluída dentro de uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição de uma criança de apenas 10 anos de idade” e que ainda “demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal”.
Caso a ativista seja condenada, o dinheiro irá para o Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus.
Nesta semana, Sara Winter ainda teve seu canal no YouTube derrubado pela plataforma por “violar os Termos de Serviço”.
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