Mourão volta a criticar Barroso: “Foi traído pela soberba”
Senador se manifestou por meio das redes sociais, na tarde desta quinta-feira
Ana Luiza Menezes - 13/07/2023 16h42 | atualizado em 13/07/2023 18h10

O senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), voltou a usar as redes sociais, na tarde desta quinta-feira (13), para criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, após uma fala do magistrado sobre a “derrota do bolsonarismo”.
Na avaliação de Mourão, “Barroso foi traído pela soberba” e sua declaração se enquadra em crimes de responsabilidade.
– Não há como justificar o injustificável. Barroso foi traído pela soberba e sua fala política ultrapassa o papel de um magistrado, se enquadrando nos crimes de responsabilidade descritos no art. 39º da Lei 1079/1950.
A declaração polêmica de Barroso ocorreu na quarta-feira (12), durante congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na ocasião, o ministro recebeu vaias de um grupo ligado a profissionais da área de enfermagem e respondeu da seguinte forma:
– Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas – declarou.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou, em seu perfil no Twitter, que a oposição entrará com um pedido de impeachment contra o magistrado.
– A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de “exercer atividade político-partidária”, previsto no art. 39, da Lei 1079/50. Se, por um milagre, houver justiça neste país, a perda do cargo é inegável – escreveu o deputado.
Após a repercussão negativa, o STF emitiu uma nota a fim de explicar a fala do ministro. Segundo a Corte, quando o magistrado disse “nós derrotamos o bolsonarismo” no Congresso da UNE, ele se referia ao voto popular, não à atuação de instituições judiciárias.
– As vaias, que fazem parte da democracia, vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da UNE. Como se extrai claramente do contexto da fala do ministro Barroso, a frase “nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo” referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição – defende o STF.
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