Mourão nega conflito interno após discordâncias sobre vacina
O vice-presidente afirmou na última sexta-feira que o governo compraria a vacina chinesa
Pierre Borges - 03/11/2020 12h28 | atualizado em 03/11/2020 12h43
Após contrariar Bolsonaro ao se manifestar publicamente à favor da compra da vacina chinesa Coronavac, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (3) que, embora as opinião sejam divergentes, “não há briga” entre ele e o presidente.
Mourão explicou que quis dizer que a vacina escolhida para compra, seria produzida no Brasil.
– Não conversei com o presidente (sobre o assunto), o que eu quis colocar ali é que é o seguinte, a vacina é uma vacina brasileira. Qualquer vacina vai ser produzida aqui no Brasil e, óbvio, o presidente vai tomar a decisão que for melhor para o conjunto da população brasileira, que é essa a responsabilidade dele – declarou.
Desta vez, o vice-presidente afirmou que é necessário aguardar que estudos científicos indiquem novos fatores, como grupos prioritários para tomar a vacina, ou se haverá contraindicação para algum grupo da população. Mourão também reforçou que Bolsonaro terá a palavra final a respeito.
Na última sexta-feira (30), Mourão afirmou em entrevista à Veja que “é lógico que o governo federal vai comprar doses do imunizante”. Após a declaração, Bolsonaro enfatizou sua autoridade sobre a decisão.
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