Mourão: 500 mil mortos por Covid é ‘retrato da desigualdade’
Vice-presidente disse que "tem gente que não consegue chegar ao hospital"
Pierre Borges - 21/06/2021 15h37 | atualizado em 21/06/2021 16h04
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (21) que a marca de 500 mil mortos pela Covid-19 no Brasil é um “retrato da desigualdade socioeconômica” do país.
– Tem muita gente que tem tratamento melhor. [E] Tem gente que não consegue chegar ao hospital. É consequência da situação que a gente vive. Temos que corrigir – disse.
Questionado sobre a possibilidade de o atraso da imunização em massa ter agravado o quadro da pandemia e causado mais óbitos, ele defendeu o governo.
– Nossa vacinação está de acordo com [a do] restante do mundo, excetuando os Estados Unidos e países pequenos, como Israel e Chile – declarou.
Mourão citou o tamanho da população do Brasil como entrave à aplicação mais ágil dos imunizantes e disse que “vacinar 10 mil pessoas é uma coisa; ter que vacinar 10 milhões é outra”.
O vice-presidente também criticou manifestantes que foram às ruas no último domingo protestar contra o presidente Jair Bolsonaro, a quem atribuem responsabilidade pelas mortes.
– Existe gente que não gosta do nosso governo. A oposição faz parte de qualquer sistema democrático. Agora, [a passeata foi] uma aglomeração, então [foi] um risco a que essas pessoas se submeteram – opinou.
*AE
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