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Morte de petista: Frente de Lula quer investigação federalizada

Deslocamento de competência depende de solicitação do procurador-geral da República e de decisão do Superior Tribunal de Justiça

Gabriel Mansur - 11/07/2022 16h49 | atualizado em 11/07/2022 18h13

Marcelo Arruda Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O Partido dos Trabalhadores está empenhado em investigar a morte de seu tesoureiro, Marcelo Aloizio de Arruda, assassinado a tiros durante seu aniversário de 50 anos na noite deste sábado (9), em Foz do Iguaçu, no Paraná. Prova disso é que membros do partido e da coordenação política da campanha ao Planalto de Luiz Inácio Lula da Silva decidiram pedir a federalização da investigação.

O assunto foi objeto de discussão do conselho político da campanha de Lula nesta segunda-feira (11), em São Paulo. A coordenação achou necessário debater os protocolos de segurança do petista.

Em comum acordo, os partidos que apoiam o pré-candidato (PSB, Rede, PSOL, PCdoB, PV e Solidariedade) na disputa pela Presidência da República decidiram entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) a federalização da investigação.

– Um crime político não pode ser tratado como briga de vizinhos – disse a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O pedido vem poucas horas após Gleisi ter reclamado da delegada escalada para o caso, Iane Cardoso. A deputada expôs que, em 2016, Iane postou que “petista quando não está mentindo está roubando ou cuspindo”. A delegada, que ainda teria feito uso das hashtags #foralula e #foraPT, foi retirada das apurações pelo Governo do estado.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, tuítou na manhã desta segunda que está em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Ele também ofereceu “apoio total” da pasta que comanda.

– Meus sentimentos às famílias que tanto perderam com o triste episódio das agressões em Foz do Iguaçu. A vida é nosso bem maior, e ela deve ser respeitada, assim como nossas opiniões – postou.

Inicialmente, a ideia de pedir a federalização da investigação era para tirar o inquérito das mãos de Iane Cardoso, que estava na condução. Mas, na manhã desta segunda, o governo do Paraná decidiu nomear uma nova titular, a delegada Camila Cecconello.

O incidente de deslocamento de competência (IDC), nome técnico para a federalização, depende de solicitação do procurador-geral da República, Augusto Aras, e da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso se decida por federalizar a investigação, ela teria que ser feita pela Justiça Federal.

O guarda municipal Marcelo Arruda era tesoureiro do PT e chegou a concorrer a vice-prefeito de Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. Ele foi morto a tiros pelo policial Jorge José da Rocha Guaranho, que seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro. As investigações apontam que o crime foi cometido por “intolerância política”.

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