Paulo Moura - 09/05/2023 09h19 | atualizado em 09/05/2023 10h58

Após passar mais de nove meses hospitalizado, o ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ) morreu na manhã desta terça-feira (9), aos 37 anos. Miranda estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde 6 de agosto de 2022, quando foi hospitalizado para tratar uma infecção gastrointestinal.

Desde a internação, o ex-parlamentar sofreu com infecções sucessivas, em um quadro de septicemia. Em março deste ano, o jornalista Glenn Greenwald, companheiro de Miranda, afirmou que o ex-deputado estava a maior parte do tempo acordado e conseguia conversar, apesar da traqueostomia que teve que fazer, mas ainda se mantinha ligado a uma máquina de ventilação mecânica.

Nesta terça, ao anunciar a morte do companheiro, que morreu na véspera da data em que completaria 38 anos, Glenn informou que David morreu “em plena paz” e cercado pelos filhos, familiares e amigos. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento de David Miranda.

– David era singular: o homem mais forte, apaixonado e compassivo que já conheci. Ninguém tinha uma palavra ruim para ele. Não consigo descrever a perda e a dor. Farei o possível para honrar seu legado: nossas crianças e nossas ONGs. E eu sei que muitos irão celebrá-lo e seu impacto – escreveu Glenn.

CARREIRA NA POLÍTICA
David iniciou sua vida em cargos políticos como vereador no Rio de Janeiro. Jornalista, ele se elegeu no pleito municipal de 2016 com pouco mais de 7 mil votos. Na Câmara Municipal do Rio, ele permaneceu entre os anos de 2017 e 2019.

Em 1° de fevereiro de 2019, David tomou posse do cargo de deputado federal como suplente do então deputado eleito Jean Wyllys, que decidiu não assumir o mandato e deixou o país alegando que estaria sofrendo ameaças de morte.

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