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Moro: Polícia poderá ter ‘temor excessivo’ após PL do abuso

Ministro deu declarações durante visita ao Centro de Operações da Polícia Militar

Ana Luiza Menezes - 19/08/2019 21h15 | atualizado em 19/08/2019 22h00

Ministro Sergio Moro Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro Sérgio Moro disse se preocupar que polícia, juízes e Ministério Público temam exercer seu trabalho após a aprovação do projeto sobre abuso de autoridade pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (14). Segundo o ministro, o texto terá de ser analisado com cautela.

– É possível que possamos sugerir vetos. Quem vai decidir isso, evidentemente, é o presidente [Jair Bolsonaro], mas ainda é cedo para informar o que exatamente vamos propor. Ainda que bem intencionado, o projeto para coibir o abuso, temos que tomar cuidado para que ele não tenha efeito de gerar temor excessivo por parte da polícia, do Ministério Público e do juiz em fazer o seu trabalho – afirmou.

A declaração foi dada nesta segunda-feira, durante visita ao Centro de Operações da Polícia Militar, em Bauru, no interior de São Paulo. Moro conheceu o sistema de videomonitoramento instalado na sede do CPI-4 (Comando de Policiamento do Interior) em parceira com o poder municipal.

Ainda durante o evento, Moro foi questionado sobre a transferência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para o Banco Central.

– Eu já disse publicamente que nunca pedi para o Coaf ir para o Ministério da Justiça, mas foi colocado. Houve uma alteração na medida provisória, ele foi para a Economia, e se entendeu que a melhor formatação seria ficar vinculado ao Banco Central. O importante é garantir a independência do Coaf e da sua atuação – disse.

Em relação a medidas de segurança, Moro citou a queda de aproximadamente 20% nos casos de assassinatos como um indício da redução da criminalidade no país. Ele destacou o projeto anticrime, apresentado por ele, em fevereiro, ao Congresso.

– Acreditamos que levaria a uma redução ainda maior da criminalidade, porque traz instrumentos importantes, não só para coibir a criminalidade, mas para aumentar os mecanismos de investigação à disposição da polícia, do Judiciário e do Ministério Público.

*Folhapress

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