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Moro: Outros candidatos “estão abraçados com a impunidade”

Ex-juiz disse que é necessário "resgatar" o "espírito da Lava Jato"

Pleno.News - 18/01/2022 10h46 | atualizado em 18/01/2022 11h03

Sergio Moro Foto: EFE / Joédson Alves

O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) disse que os demais pré-candidatos à Presidência estão “abraçados com a impunidade” ao afirmar que sua pré-candidatura é a única que faz críticas às anulações de condenações da Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

– Eu tenho sido a única voz crítica à anulação entre os outros candidatos. Eles estão abraçados com a impunidade e esse modelo de corrupção – disse em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (18).

Em abril de 2021, o STF declarou a parcialidade do ex-juiz ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ação do triplex do Guarujá (SP). Responsável por essa e por outras condenações no âmbito da operação Lava Jato, o pré-candidato do Podemos voltou a defender a sua atuação como juiz e disse ser o único que defende a agenda anticorrupção na corrida presidencial.

– A gente precisa resgatar aquele espírito da Lava Jato, que, no fundo, é a construção de um país mais justo, [em] que ninguém está acima da lei. Esse discurso é o meu discurso. Nenhum outro desses pré-candidatos tem esse discurso porque eles não têm a credibilidade para oferecer isso – afirmou.

Moro disse ainda que considera as decisões do Supremo um “erro judiciário”, e reforçou que a Corte não decretou a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre a composição do STF, Moro disse que, se eleito, vai indicar magistrados de carreira para as duas vagas que serão abertas no próximo mandato, por ser possível ver o “histórico da pessoa como juiz”.

– Quero um firme compromisso com a legalidade, um juiz que tenha aquela visão de que existe o império da lei e que o império da lei é importante para democracia. Que sejam juízes que respeitem os direitos humanos, os direitos fundamentais, mas que tenham um firme compromisso com o combate à corrupção e àquilo que está errado no nosso país.

ECONOMIA
Na entrevista, Moro atribuiu o aumento dos preços dos combustíveis a uma “má política econômica” do governo federal.

– Não faço uma crítica pessoal a ninguém. É uma constatação objetiva. O governo falhou na política econômica – afirmou.

O pré-candidato também acredita que “não se pode submeter a economia à política partidária”.

– Que é o que está fazendo o governo atual quando transfere poderes do ministro da Economia para o ministro da Casa Civil – disse.

Para o ex-juiz, o primeiro passo de um governo responsável deve ser o controle da inflação e a redução dos juros.

*AE

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