Moro vai ao Senado para explicar mensagens vazadas
Opositores afirmam que o então juiz teria influenciado a Operação Lava Jato
Jade Nunes - 19/06/2019 07h39 | atualizado em 19/06/2019 09h26
O ministro da Justiça Sergio Moro será interrogado, nesta quarta-feira (19), em uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Moro terá que explicar as conversas vazadas pelo site The Intercept que são atribuídas a ele e a procuradores da Lava Jato.
Na noite desta terça, o portal voltou a publicar conversas privadas. Moro, até então juiz, teria reclamado com Deltan Dallagnol de um procedimento que poderia prejudicar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “apoiador importante” da Lava-Jato.
A ida de Moro à CCJ é resultado de um acordo feito na última semana pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pelo líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO).
Eles teriam sugerido a ida de Moro para evitar que ele fosse convocado (obrigado a ir) através de um requerimento que poderia ser apresentado por partidos de oposição, segundo a TV Globo.
Sobre o caso, o ministro classificou o vazamento de mensagens como “sensacionalismo barato” e disse que não cometeu nenhum ato ilegal.
– Eu sempre pautei o meu trabalho pela legalidade. Os meus diálogos e as minhas conversas com os procuradores, com advogados, com policiais, sempre caminharam no âmbito da licitude. Não tem nada ali, fora sensacionalismo barato – declarou ao jornal Estadão.
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