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Moro: Envolver Bolsonaro em caso Marielle é ‘total disparate’

Ministro falou sobre inquérito que apura morte da vereadora

Paulo Moura - 21/11/2019 13h55

Ministro Sergio Moro Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira (21) que a menção ao nome do presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes “é um total disparate”.

Ele defendeu a federalização da investigação do caso, sob análise do STJ (Superior Tribunal de Justiça), e usou como um dos argumentos o depoimento do porteiro que citou o presidente.

– Esse é um caso que tem que ser investigado com neutralidade, dedicação e sem politização. Essa questão do envolvimento do nome do presidente nisso aí, para mim, é um total disparate. Uma coisa que não faz o menor sentido. O que se constatou foi um possível envolvimento fraudulento do nome do presidente – afirmou Moro, em entrevista à rádio CBN.

O nome do presidente foi mencionado em depoimento por um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde moraram Bolsonaro e o policial militar aposentado Ronnie Lessa, acusado no crime.

O funcionário afirmou em dois depoimentos à Polícia Civil no início de outubro que foi “seu Jair” da casa 58, de Bolsonaro, quem autorizou a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz. A citação ao presidente, porém, logo foi considerada equivocada na investigação. Isso porque, no dia do crime, Bolsonaro estava na Câmara, em Brasília.

Além disso, perícia do Ministério Público em gravação da portaria apontou que quem autorizou a entrada de Elcio naquele dia foi Ronnie Lessa. À Polícia Federal nesta terça (19), o funcionário do condomínio mudou sua versão e disse ter se enganado.

A menção a Bolsonaro pelo porteiro levou a Promotoria a consultar o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a possibilidade de continuar com a investigação no Rio. A Procuradoria-Geral da República considerou não haver indícios contra o presidente e autorizou a sequência da apuração sobre o mandante do crime.

*Folhapress

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