Moro comenta pente-fino contra ação de Michelle: “Vingança”
Senador disse que a vingança é o "único projeto" do governo Lula
Paulo Moura - 26/05/2023 11h10 | atualizado em 26/05/2023 11h35

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) comentou a decisão do governo federal de criar um grupo para realizar um pente-fino no extinto programa Pátria Voluntária, que era liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ao falar sobre o assunto, Moro disse que o “governo Lula tem por único projeto a vingança”.
A publicação do parlamentar foi feita no comentário de uma postagem do também senador Rogério Marinho (PL-RN) no Twitter. Na ocasião, o congressista eleito pelo estado do Rio Grande do Norte compartilhou uma reportagem sobre a decisão do governo federal e chamou o caso de “perseguição”.
– Revanchismo, vindita, perseguição a adversários políticos usando a estrutura do governo. Ações intoleráveis de um governo velho, bolorento, sem ideias e totalitário. Padrão PT – resumiu Marinho.

SOBRE O PENTE-FINO NO PÁTRIA VOLUNTÁRIA
O programa Pátria Voluntária, que era liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, vai ser alvo de um pente-fino promovido pelo governo Lula. Nesta quinta-feira (25), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que cria um grupo de trabalho para “identificar as informações produzidas” no âmbito do projeto.
Assinado pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, o ato determina que o grupo deverá atuar por um prazo de 90 dias, período que poderá ser prorrogado uma única vez. A portaria ainda ressalta que a decisão em relação ao programa atende a um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU).
Em março deste ano, a Corte de Contas informou que havia ausência de previsão constitucional e legal para o modelo adotado pelo programa para usar dinheiro privado na gestão pública. Além disso, o TCU também falou em “ausência de critérios objetivos e isonômicos para a seleção de instituições beneficiárias dos recursos financeiros privados”.
Entre as recomendações emitidas pelo TCU estavam a de que a Casa Civil, justamente a pasta que lidera o grupo criado pelo governo, colocasse em transparência ativas os atos “administrativos de seleção, gestão e controle de prestações de contas das entidades beneficiárias dos recursos” do programa.
O programa liderado por Michelle tinha como objetivo, segundo o governo, “fomentar a prática do voluntariado como um ato de humanidade, cidadania e amor ao próximo, entre o governo, as organizações da sociedade civil e o setor privado, além de incentivar o engajamento social”. Criado em 2019, o Pátria Voluntária foi extinto em janeiro deste ano, dias depois da posse de Lula.
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