Moreira Franco: ‘Delação de Funaro é encomenda de Janot’
Para o ministro, só um fato novo justificaria a segunda denúncia contra o presidente Temer
Henrique Gimenes - 15/10/2017 17h44 | atualizado em 16/10/2017 10h30
Por meio de sua conta no Twitter, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse, neste domingo (15), que a delação premiada de Lúcio Funaro seria uma “encomenda remunerada”do ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao empresário Joesley Batista. O empresário Lúcio Funaro é apontado como operador de propinas do PMDB.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Lúcio Funaro, afirma que o presidente Michel Temer receberia parte de propina negociada em esquemas de corrupção do qual o ex-deputado Eduardo Cunha seria o chefe.
O fato acontece poucos dias antes de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados analisar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, em que é acusado de obstrução de Justiça e organização criminosa. O relator da acusação, deu parecer em que recomenda arquivar a denúncia.
Segundo Moreira Franco, “como o objetivo da dupla Joesley e Janot era derrubar Michel Temer, após a derrota na primeira denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha”. Para o ministro, como faltava-lhe bambu”, em referência a uma declaração feita por Janot, “ocorreria a “encomenda remunerada da delação de Funaro”. Moreira Franco concluiu sua declaração afirmando que “seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava”.
LEIA TAMBÉM
+ Funaro diz que Cunha daria parte de propina a Temer
+ Delator diz que Temer recebeu propina por hidrelétrica