Moraes retira sigilo da operação que prendeu Silvinei Vasques
O ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal é acusado de tentar interferir nas eleições de 2022
Leiliane Lopes - 09/08/2023 19h00 | atualizado em 10/08/2023 11h13
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da Operação Constituição Cidadã, que resultou na prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
– Realizadas as diligências pendentes e diante de inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas da decisão proferida em 23/07/2023, torno-a pública, juntamente com a representação policial – diz Moraes, na decisão.
Acusado de tentar prejudicar a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Vasques é investigado por supostamente concentrar operações da PRF no dia de votação do segundo turno na Bahia, onde o petista tem mais votos.
O documento da operação da Polícia Federal que resultou na busca e apreensão na casa de Vasques, e também em sua prisão preventiva, fala sobre a existência de notícias de que a PRF usou a máquina pública para tentar interferir no resultado das eleições.
– Há notícias de fatos que indicam possível uso da máquina pública, notadamente da Polícia Rodoviária Federal, com participação direta de servidores da Polícia Federal, ainda que à época cedidos ao Ministério da Justiça, com o possível intuito de interferir no Processo Eleitoral – diz o documento que foi divulgado após a quebra do sigilo.
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