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Moraes dá 48 horas para Polícia Federal ouvir ex-chefe do GSI

Ministro também pediu que atual gestão do GSI informe os servidores que aparecem nas imagens divulgadas pela CNN

Paulo Moura - 20/04/2023 11h17 | atualizado em 20/04/2023 12h02

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal Foto: STF/SCO/Carlos Moura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, seja ouvido pela Polícia Federal (PF) sobre as imagens nas quais ele aparece dentro do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, quando a sede do Executivo Federal foi invadida. O prazo para a oitiva é de 48 horas.

Na decisão, que foi proferida nesta quarta-feira (19), dia em que a CNN Brasil divulgou imagens que mostraram o ex-ministro orientando manifestantes a deixarem o Planalto, Moraes também determinou que o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, informe quais servidores civis e militares aparecem nas imagens e quais providências foram adotadas.

Em outro ponto, o magistrado também mandou que a PF informe se cumpriu decisões anteriores para a obtenção de todas as imagens de câmeras de segurança que registraram os atos, inclusive as divulgadas pela imprensa.

– A imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI – destacou Moraes.

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O então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, pediu, na tarde desta quarta(19), demissão do cargo. O militar foi o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Imagens de câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto divulgadas nesta quarta mostraram o general dentro da sede do Executivo Federal durante a invasão ao local no dia 8 de janeiro deste ano. O registro foi revelado pela CNN Brasil.

O GSI logo emitiu uma nota, se pronunciando sobre a revelação das imagens. Segundo o órgão, se forem comprovadas “condutas irregulares” envolvendo membros da entidade, os “respectivos autores serão responsabilizados”. O militar, conhecido como G. Dias, já atuou no comando da segurança pessoal de Lula entre 2003 e 2009, época em que ficou conhecido como “sombra de Lula”.

Durante a campanha eleitoral de 2022, o general chegou a auxiliar na montagem dos eventos dos quais Lula participou. Em janeiro deste ano, foi revelado pelo Estadão que o GSI, sob comando de G. Dias, dispensou por escrito o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial, cerca de 20 horas antes da invasão do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro.

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