Moraes diz que inelegibilidade de Bolsonaro era prevista
O ministro se refere a um alerta dado pelo TSE em 2021 aos pré-candidatos
Pleno.News - 30/06/2023 21h28 | atualizado em 03/07/2023 12h45

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi o último a dar seu voto no julgamento que declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro como inelegível pelos próximos oito anos.
Ao votar contra o ex-chefe do Executivo, Moraes deixou claro que a inelegibilidade estava prevista desde 2021, quando a Corte Eleitoral deixou claro que não iria admitir “extremismo criminoso e notícias fraudulentas” nas eleições de 2022.
O ministro disse que, ciente de que poderia perder os direitos políticos, a defesa de Bolsonaro não pôde dizer, no processo, que desconhecia o crime de abuso de poder político.
– Não há como alegar desconhecimento do que é abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A corte já havia definido isso. Todos os candidatos tinham consciência dos parâmetros estabelecidos e que deveriam ser observados nas eleições de 2022 – afirmou.
Moraes declarou ainda que o crime foi cometido por Bolsonaro ao fazer a reunião com os embaixadores e ainda por ter divulgado o evento nos meios de comunicação oficiais do governo.
Votaram pela inelegibilidade de Bolsonaro os ministros Benedito Gonçalves (relator), Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Contra a cassação dos direitos políticos votaram Raul Araújo e Nunes Marques.
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