Moraes decide liberar áudios e vídeos de delação de Mauro Cid
Ministro já havia determinado o fim do sigilo das transcrições da colaboração premiada
Pleno.News - 20/02/2025 13h29 | atualizado em 20/02/2025 14h09

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disponibilizou nesta quinta-feira (20) o acesso público a todo material em vídeo e áudio da delação do tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada com a Justiça sobre o suposto plano de golpe de Estado que resultou na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas, incluindo Cid.
A transcrição dos depoimentos, todos colhidos em ao menos cinco dias no ano passado, já havia sido liberada nesta quarta (19) por Moraes, que é relator na Suprema Corte da investigação sobre o suposto plano de golpe.
A delação de Cid, que foi ajudante de ordens e trabalhou ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, serviu de base para a denúncia apresentada na última terça (18) em que o procurador-geral da Republica, Paulo Gonet, acusou Bolsonaro e o próprio Cid, além de outras 32 pessoas, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro ainda foi denunciado como líder de uma organização criminosa armada, formada em grande parte por militares da reserva e da ativa, que estaria preparada para romper a ordem constitucional e usar a violência para mantê-lo no poder.
OUTRO LADO
Em um comunicado divulgado nos perfis de Bolsonaro na última terça, seus advogados manifestaram indignação com a notícia e se disseram estarrecidos com a denúncia da PGR contra o líder conservador.
– A defesa do presidente Jair Bolsonaro recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado. O presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito – disseram.
Os defensores de Bolsonaro também ressaltaram que, mesmo diante de dois anos de investigação marcados por “medidas cautelares de cunho invasivo”, não foi descoberto nenhum elemento que conectasse o político de direita ao suposto plano de golpe.
– Não há qualquer mensagem do presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais – destacaram os advogados.
*Com informações Agência Brasil
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