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Ministros mostram proximidade com o MST e desdenham de CPI

Diversos membros do governo estiveram na feira do movimento no último final de semana

Pleno.News - 15/05/2023 08h17 | atualizado em 15/05/2023 10h26

Integrantes do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra fazem protesto Foto: Agência Brasil/José Cruz

A Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada em São Paulo nos últimos dias, expôs a proximidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com o Movimento dos Sem Terra (MST) às vésperas da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara que vai investigar o grupo. No evento, auxiliares de Lula aproveitaram para desdenhar das intenções da oposição na CPI.

Neste domingo (14), no encerramento do evento, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que a comissão vai se voltar contra a oposição.

– Aqueles que imaginam que essa CPI vai ser um espaço para atingir o MST vão dar um tiro no pé – disse Pimenta.

No sábado (13), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ironizou a CPI ao afirmar que os deputados vão encontrar “coisas gravíssimas” como suco de uva produzido sem trabalho escravo, fazendo uma referência a denúncias de atividades análogas à escravidão em vinícolas gaúchas.

Além de Pimenta, visitaram neste domingo a feira os também ministros petistas Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego). Eles defenderam a parceria entre o Executivo e movimentos sociais. No sábado (13), recepcionado aos gritos de “guerreiro do povo brasileiro”, Alckmin disse que o trabalho do Legislativo não é “policialesco”.

– Já existem muitos órgãos de fiscalização – afirmou o vice.

BANCADA DO AGRO EM ROTA DE COLISÃO COM O GOVERNO
A bancada do agronegócio no Congresso acumula uma série de desentendimentos com o governo, após invasões promovidas pelo MST – incluindo áreas produtivas -, críticas à Agrishow, a maior feira do setor no país, e discursos do próprio presidente.

Na última quinta (11), Lula fez menção à Agrishow e disse que “alguns fascistas de São Paulo” não quiseram a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no evento. Além disso, Alckmin também foi convidado para um almoço promovido pela bancada ruralista, que ficou incomodada com a presença do vice na feira do MST.

Nesse clima de tensão crescente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vai determinar a instalação da CPI após a indicação pelos partidos dos nomes que vão integrar a comissão. O deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PL), é cotado para ser o relator da CPI.

*AE

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