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Marina Silva e Alexandre Padilha registraram posições divergentes sobre a medida

Pleno.News - 28/05/2023 16h11 | atualizado em 29/05/2023 13h11

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva Foto: EFE/José Jácome

Na semana em que uma comissão especial do Congresso aprovou uma nova versão da Medida Provisória que define a estrutura dos ministérios do governo Lula, esvaziando os poderes da pasta do Meio Ambiente, ministros do governo petista vieram a público expondo opiniões divergentes sobre o tema.

Enquanto a ministra da área ambiental, Marina Silva, foi à Câmara reclamar das mudanças, o responsável pela articulação política, Alexandre Padilha, minimizou o impacto para a atuação do Poder Executivo. Na última quarta-feira (24), Marina foi à Comissão de Meio Ambiente e deixou claro que o texto que estava sendo proposto na Comissão Especial da MP 1154 era prejudicial ao governo.

– Os impactos são muito grandes. Eu diria que eles são grandes para além da gestão ambiental em si mesma. Isso, por si só, já é algo bastante prejudicial – declarou a ministra.

Dois dias depois, após reunião de Lula com Marina e outros ministros do Planalto, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo, Alexandre Padilha, adotou outro discurso.

– Apesar de pontos que não foram da concordância do governo, isso não impede o governo de implementar suas políticas. Não há esvaziamento da agenda da sustentabilidade do governo. Nem do governo, nem dos ministérios, porque isso aqui não é ministério isolado. É um time coordenado e articulado – disse, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (26).

No mesmo dia em que Padilha fez essa avaliação, o Planalto se comprometeu a ainda tentar fazer ajustes no texto que está em tramitação no Congresso. Mas trabalha contra o tempo porque a MP precisa ser votada no Legislativo até o dia 1° de junho para não caducar, o que levaria o governo de Lula a ver extintos os novos ministérios criados pela gestão petista.

Embora o governo tenha sinalizado que pretende reverter pontos da nova versão da MP, o relator do texto no Congresso, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), declarou que a proposta foi construída em conjunto com o Palácio do Planalto e que não foi procurado para rever trechos do texto.

*AE

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