Ministro Edson Fachin se despede da presidência do TSE
Em seu último discurso, o ministro disse que "a democracia se verga, mas não se dobra"
Monique Mello - 10/08/2022 11h45 | atualizado em 10/08/2022 12h16
Nesta terça-feira (9), o ministro Edson Fachin se despediu da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma última sessão comandando a Corte. O magistrado agradeceu a oportunidade de conduzir a Justiça Eleitoral ao longo dos últimos 175 dias e enalteceu a democracia.
– A democracia é condição de possibilidade para coexistirmos em paz. No dissenso respeitoso, no canteiro de obras que é a própria democracia. E mais: hoje tenho também a certeza inabalável de que a democracia se verga, mas não se dobra nem quebra com as fake news – afirmou em discurso.
Fachin recebeu homenagens de alguns magistrados, entre eles Alexandre de Moraes, que assumirá a presidência do TSE no próximo dia 16 de agosto.
– Vossa Excelência nos deixa um importante legado nesse período à frente da Presidência do Tribunal: a lição de que os democratas não devem se calar perante ofensas. Os democratas não devem se calar perante discriminações e discursos de ódio. Os democratas não devem transigir em seus princípios. Os democratas não devem e não podem aceitar ataques covardes, sejam pessoais ou institucionais, que pretendam corroer as bases da nossa República – afirmou Moraes.
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