Ministro do STF quebra sigilo bancário de Aécio Neves
Intenção é rastrear supostos recursos ilícitos recebidos pelo senador
Henrique Gimenes - 07/12/2017 17h12 | atualizado em 08/12/2017 11h46
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta quinta-feira (7), a quebra dos sigilos fiscal e bancário do senador Aécio Neves (PSDB-MG). De acordo com o ministro, a medida tem a intenção de rastrear supostos recursos ilícitos.
Além de Aécio, também foram quebrados os sigilos de Andrea Neves, irmã do senador, de Frederico Pacheco de Medeiros, primo, e de Mendherson Souza, ex assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). O período da quebra é entre os dias 1º de janeiro de 2014 a maio de 2017.
Aécio Neves é investigado com base nas delações da JBS. Ele foi gravado em negociações sobre um repasse de R$ 2 milhões. Em sua defesa, afirma que a quantia foi um empréstimo pessoal. No áudio, o senador afastado também aparece falando sobre “matar” um intermediário.
O ministro Marco Aurélio Mello é o relator do caso envolvendo o senador Aécio Neves no STF. Os quatro que tiveram o sigilo quebrado são investigados pelo crime de corrupção passiva. Aécio também é acusado de obstrução de justiça.
Em nota, o advogado de Aécio, Alberto Toron, afirmou que “os sigilos bancário e fiscal do senador Aécio Neves sempre estiveram à disposição da Justiça, e desde outubro, quando essa decisão foi tomada, a Defesa reitera que é uma medida extremamente natural e salutar para confirmar a absoluta correção dos seus atos“.
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